Ministério da Cultura e Ampla apresentam:

Guia Cultural da Costa Verde

Espaços Culturais

Paraty • Paraty-Mirim

QUILOMBO CAMPINHO DA INDEPENDÊNCIA

Preservando a cultura negra através das gerações

Após a abolição da escravatura, muitos fazendeiros da região de Paraty abandonaram suas propriedades, as quais foram divididas entre aqueles que lá trabalharam. A comunidade do Campinho tem origem na antiga Fazenda Independência e em Antonica, Luiza e Marcelina, três ex-escravas cujas tradições culturais foram preservadas por seus descendentes. Hoje em sua quinta geração, são 150 famílias e cerca de 500 pessoas que receberam em 1999 a titulação de propriedade definitiva do terreno e o reconhecimento como comunidade quilombola.

Distante 16 km do centro de Paraty, o quilombo é considerado modelo de organização comunitária. A Associação de Moradores do Quilombo Campinho é presidida há seis anos por Waguinho, o qual com outros integrantes desenvolve projetos de sustentabilidade e geração de renda, com ênfase na economia solidária e na prática de agricultura autossustentável, comprando pescado dos caiçaras do entorno e plantando mandioca, feijão, milho, banana e cana-de-açúcar, entre outros.

A comunidade conta com a Igreja de São Benedito, uma escola municipal e uma unidade de saúde. Dispõe ainda de uma Casa de Artesanato e de um restaurante, ambos abertos ao público. Para os visitantes há um roteiro cultural guiado (com agendamento) que mostra o cotidiano e o núcleo familiar, a agroecologia (agricultura socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável), a casa de farinha, o artesanato, e possui ainda contação de histórias com griôs (contadores de história, músicos e poetas populares), como D. Madalena, Dita e Dilça. É possível também agendar apresentações de jongo ou capoeira angola, oficinas de cestaria ou de plantio de mudas.

Para tanto, os grupos precisam ser no mínimo de 4 e no máximo de 80 pessoas.

No mesmo ano em que foi criado, o Restaurante do Quilombo foi premiado pelo guia Comer & Beber da revista Veja.

O espaço é simples e o cardápio oferece pratos típicos caiçaras e refeições caseiras, com destaque para o delicioso peixe à moda quilombola, com palmito pupunha na manteiga, farofa de banana e arroz. A feijoada, servida aos sábados, também agrada em cheio.

Ponto forte da visitação é a Casa de Artesanato, onde são expostas e comercializadas uma grande variedade de peças de todos os artesãos da comunidade: objetos decorativos trançados em fibras de palha, cipó, taquara e táboa, roupas, utilitários, luminárias, bijuterias, bonecas de pano, móveis em bambu, bichos entalhados em madeira e tapetes, entre outras peças feitas com muito capricho.

O Quilombo do Campinho também é palco de grandes eventos e festas tradicionais.

Alguns são abertos ao público e outros, como o Encontro da Cultura Negra – que acontece na lua cheia – é exclusivo para os quilombolas.

Um passeio sem pressa até o Quilombo do Campinho será sempre enriquecedor, pela simplicidade e simpatia dos moradores e pela beleza do lugar, cercado por montanhas e muito verde.

  • 12h às 17h de 3ª a domingo (restaurante e artesanato - na alta temporada fica aberto até mais tarde) / Agendar visitas (para conhecer o Quilombo ou assistir apresentações)
  • sob consulta
  • Carro • Ônibus
  • Chapéu ou boné • Repelente • Tênis

Informações

Rodovia Rio-Santos (BR-101), km 589
Paraty-Mirim – Paraty
(24) 3371-4823 (para agendar visitas)
Site: http://quilombocampinhodaindependencia.blogspot.com.br
E-mail: turismoquilombocampinho@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/quilombo.campinho

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